segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
faz de tudo pra matar
ai, bendita ignorância
por que foi me abandonar?
pirandello, lanterninha
é sabedoria natural
não se pode ver tudo em volta
não dá outra, faz mal!
pra que servem os sentimentos nobres
e as minhas rimas pobres
se você vai além das palavras daqui?
ai, meu deus, que desespero
eu quero aquele cometa, ali!
quero ver tudo
sentir, ouvir, parir
uma nova sensação
sair dessa, curtir
me mudar pro seu balão
boas intenções
maus comportamentos
ai, meu deus
me dá o discernimento?
não acaba com tudo
não agora
enquanto eu estiver aqui
sem poder te ver nascer na aurora
no fundo, sei que eu tô pirando
tem sentido que tá sobrando
vou me controlar, eu prometo
não expandir mais tanto assim
voltar a centrar em mim
cultivar a sementinha
que mais parece pé crescido
se aproxima o momento
em que todo o meu intento
se dissolve com o vento
e o que sobra, na verdade
é a pura realidade
deslizes, tropeções
evita-los, bem que podia
já que não, quiçá um dia
voltemos a agonia
de tecer a nossa história
nessa distância que judia!
dos resquícios finais da noite (e do dia).. a parte ruim, aquela que ninguém espera pra assistir, terrosa, de mau-gosto e mal-cheirosa.
vai passar, eu sei que vai.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
eu me rendo! eu me rendo!
me dá você pra mim?
chama o grilo e a cigarra
está armada a algazarra
e logo depois da seresta
a gente foge da festa
pegamos o zepelin gigante
igual a nós, flutuante
no fim da rua ladrilhada
(que já é nossa)
o infinito nos aguarda!
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Querido Papai Noel,
O presente que eu quero não tem laço nem fita.
Não pesa, nem incomoda, tem cor e duração infinita.
Preciso de ladrilhos brilhantes e um zepelin flutuante.
Um céu bem azul, um ventinho sul, e uma coruja cantante.
Uma casinha de madeira, com pisos de taco. Uma estátua de baco, um altar, um abrigo.
Se demorar eu não ligo, posso esperar.
Até o dia 27, será que vai dar?
xD
com grãos de café
ameixas e amoras
quitutes divinos..
não vejo a hora!
almofadas, noites ébrias
de peripécia e poesias
ó meu deus, quem diria,
é chegada a hora!
cá, meu coração bate depressa
sim, eu tenho pressa,
mas aguardo
com meu terno amarrotado
de rosa na lapela
riscas de giz apagadas
pelo tempo da espera
me espera no fim da rua?
quando acaba o ladrilho
onde já não há mais brilho
nem fadiga, nem espera
estarei de olhos fechados
nos braços da minha donzela
^^
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
sumi!
um pedacinho que seja
de mim
toque uma música em mi
toque em mim
traga esse pedacinho de mim
esse pedacinho de música
em mi
sumi em meio a mim
sumi em meio ao mi
da música que fala de mim
suminomi
sumiemim
sem mais aliterações e simbolismos, fica um eu te amo escancarado aqui.
pro alguém que é mais mim do que outrém.
pra quem me perdeu em si e me achou em mim.
no mais, sem mais.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
subamos acima,
subamos além, subamos!
acima do além, subamos!
com a posse física dos braços
inelutavelmente galgaremos
o grande mar de estrelas
através de milênios de luz
subamos!
como dois atletas
o rosto petrificado
no pálido sorriso do esforço
subamos acima!
com a posse física dos braços
e os músculos desmesurados
na calma convulsa da ascensão
oh, acima
mais longe que tudo
além, mais longe que acima do além!
como dois acrobatas
subamos, lentíssimos
lá onde o infinito
de tão infinito
nem mais nome tem
subamos!
tensos
pela corda luminosa
que pende invisível
e cujos nós são astros
queimando nas mãos
subamos à tona
do grande mar de estrelas
onde dorme a noite
subamos!
tu e eu, herméticos
as nádegas duras
a carótida nodosa
na fibra do pescoço
os pés agudos em ponta
como no espasmo
e quando
lá, acima
além, mais longe que acima do além
adiante do véu de betelgeuse
depois do país de altair
sobre o cérebro de deus
num último impulso
libertados do espírito
despojados da carne
nós nos possuiremos
e morreremos
morreremos alto, imensamente
imensamente alto!
por vinícius de moraes, se é que é preciso nomeá-lo
e se eu te disser que, apesar de ser um dos meus preferidos, eu nunca entendi esse poema?
e se eu te disser que eu *nunca* pensei que eu fosse capaz de *sentir* esse poema um dia?
que amanhã seja o que for, pq hoje eu sou feliz por isso.
e mais:
gritemos!
gritemos alto
gritemos além, gritemos!
acima do audível,
pra que ningém mais nos ouça
gritemos! mais alto!
mais alto e mais forte!
sussurremos
sim! sussurremos baixo
desenhemos palavras
no ar, na areia, no espelho
espelho?
roma é linda, não é mesmo?
pintemos o sentir
no primeiro zepelim que passar
sussurremos as cores
zepelins cheios de cor
os zepelins voam, você sabia?
seres evoluidos espiritualmente
nós, os zepelins.
sussurremos, mais baixo
mais baixo e mais forte!
sem palavras
com o coração e a mente
de
e finalmente subamos!
subamos alto! mais alto!
=D
medo sim.
fiquemos nos pontinhos.. .. ...
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Ainda chovia lá fora e o café estava vazio. Um casarão antigo no centro da cidade, Central Café, portanto. Outro lugar que você vai conhecer.
Uma brisa leve abriu delicadamente a janela do meu lado, acariciou meus cabelos e saiu encostando a porta atrás de mim.
-Um capuccino e um cigarro, por favor - pedi, com um sorrizinho enviesado, inconfundível. Abobado.
Fiquei pensando se borboletas voam em dias de chuva.
Chegou bem?
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
das músicas que falam pela gente.. (abre aspas ^^)
i dont know where it came from
all i know is i need you in my life
cause you make me feel like i can be a better woman
it's like yesterday, when i didnt even know your name
now today you're always on my mind
i never could have predicted that i'd feel this way..
you are a beautiful surprise!
i believe that we are written in the stars
i dont know what the future hold for us, but i'm living in the moment
so i know my angels brought you to my life
and i didnt even have a choice
you are the reason why i smile
you are a beautiful surprise..
trechos outrora malditos, hoje perfeitos, como nunca antes..
terça-feira, 14 de novembro de 2006
cem palavras
só meias coloridas
meio frio, meio calor
meio cheio ou meio vazio?
tudo bem, meu bem
eu vou também
vou além
do mal e do bem
da presença-ausência-distância da saudade
tá tarde
ou cedo demais
madrugada-manhã
afã
fala comigo e dança?
dorme comigo?
acorda, amigo!
sentimentos nobres
rimas pobres
odes
hades, hás de
sim!!!
assim, ruim, mas em mim
que de tão bom..!
enfim..
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
sobre madrugadas, conversas e drummond
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a úmida trama.
E para repousar do amor, vamos à cama.
domingo, 12 de novembro de 2006
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
sim, confesso, a sétima arte me é muito atraente.
mas a efemeridade da arte - aquela arte efêmera, em especial - perfeitamente imperfeita expressa nos corpos e coisas e contos que dramatizam a comédia e comediam o drama e musicam os corpos e corporizam a música.
aquela que me leva pra longe e me devolve pra perto de não-sei-o-que-onde-nem-como.
que me engole e me cospe sem dor nem pudor.
que ceia comigo na presença/ausência de baco e dionísio - presença especial de afrodite e apolo. beleza e liberdade e libertinagem.
me falha a memória e a glória. ficam lamentos e descontentamentos e olhos atentos.
solta ao vento.
dança essa valsa comigo, meu amigo?
canta comigo esta cantiga, minha amiga?
pula e salta e dança e corre e morre.
você seria capaz? e se na mesma hora passasse na beira da praia um belo rapaz?
jaz.
paz.
é o vinho. carinho. redemoinho.
pra lá de dom quixote.
o que me resta é a sorte. não nego.
me entrego.
me recebe?
percebe?
eu gosto de você. e você?
terça-feira, 7 de novembro de 2006
nanniland
em nanniland se anda a pé, e bem devagar, por isso a estadia é sempre por tempo indeterminado. nanniland oferece todos os ingredientes para uma estadia confortável e agradável, mas é você quem vai utiliza-los da maneira que preferir (e isso inclui reparar o almoço, pois em nanniland o café da manhã vem pronto na cama). nanniland ainda não pode ser considerada grande, mas está em constante expansão, portanto é necessário ficar atento, mas não muito, pois o sistema de comunicação em nanniland é vasto/variado e eficiente e através de boletins frequentes você fica por dentro do que se passa e pode acompanhar tudo em tempo real. mas se mesmo assim você se perder em nannilad, não se preocupe, pois o lugar não é perigoso. os campos são planos e as estradas são retas. as florestas são um pouco tortuosas e as montanhas são íngremes, como deve ser, mas tudo é perfeitamente superável e transponível. o sol não é tão forte e sempre chove no fim da tarde. tem brisa o dia todo. as temperaturas são imprevisíveis e não se tem resgistro de terremotos ou furações, apenas abalos sísmicos em escala reduzidíssima e com frequência rara.
simples assim.
vamos?
sábado, 7 de outubro de 2006
domingo, 24 de setembro de 2006
Ai, de novo essa sensação...
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Cleptomania xD
... e então ao abrir a geladeira, só pude notar aquele pote enorme cheio de morangos vistosos, grandes e bem bonitos de se observar, daqueles para se degustar lentamente, primeiro com os olhos e em seguida deliciar-se com o visual, depois saborear com a mente o gosto de cada um deles, um a um, lentamente.
O desejo de consumi-los inteira e intensamente, parte por parte, era grotesto, quase algo animalesco. Eu os imaginava eternamente dentro de mim, e a idéia soava pitoresca e assemelhava-se à um sonho. Em seguida veio aquele frio na barriga, o medo e ao mesmo tempo a intensa vontade de tê-los a todo custo. Só a idéia me trazia um êxtrase intenso, e consumi-los seria uma passagem só de ida à um nirvana superior, ou algo proximo à ele.
Cada segundo era uma badalada no meu coração que já não aguentava mais a espera, aqueles poucos segundos estavam parecendo se transformar em uma eternidade, que mas tarde viria por se provar verdadeira. Enfim fui chegando mais perto e mais perto, abaixei-me para ver e sentir melhor aquilo que tanto me afligia e me despertava tanto desejo.
A princípio era prazeroso, mas fui olhando mais de perto e com mais atenção, havia algo estranho. Primeiro era no visual, estavam estranhamente esverdeados, cobertos de uma crosta estranha e suja, e um parecia contagiar o outro de tal forma brutal que todos haviam sido maculados - dificil pensar qual deles teria começado tudo aquilo, ou se haviam começado ou se apenas sempre foram assim - com aquela podridão, e assim o que parecia maravilhoso tornou-se pouco a pouco intragável e foi virando lixo, e no lixo me observavam calma e friamente, como se ignorassem o que realmente eram e onde haviam ido parar. Então percebi que não me observavam e sim convidavam e éramos todos perdidos dentro de uma lata, meros morangos mofados.
(Kléderson Bueno - e algumas lembranças encaixotadas)
segunda-feira, 11 de setembro de 2006
breguices ^^
Não há meio-termo possível. É preciso que tudo isso seja belo. É preciso que súbito tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser. É preciso, é absolutamente preciso que tudo seja belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas lembrem um verso de Eluard e que se acaricie nuns braços alguma coisa além da carne: que se os toque como ao âmbar de uma tarde. Ah, deixai-e dizer-vos que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e eja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então, nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca fresca (nunca úmida!) e também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas no enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é, porém, o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes. Indispensável que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida a mulher se alteie em cálice, e que seus seios sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca e possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de 5 velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas e que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem, no entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Pés e mãos devem conter elementos góticos discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior a 37° centígrados podendo eventualmente provocar queimaduras do 1° grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes e de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e que se coloquem sempre para lá de um invisível muro da paixão que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que, se se fechar os olhos, ao abri-los ela não mais estará presente com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá; e que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber o fel da dúvida. Oh, sobretudo que ele não perca nunca, não importa em que mundo, não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade de pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre o impossível perfume; e destile sempre o embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina do efêmero; e em sua incalculável imperfeição constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
'receita de mulher' adaptado - obvia e dubiamente - do vinicius
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
pelo telefone
- Falei o que???
- Ah, sim. Falei.
- Ainda gosto de você, óbvio.
- Não era pra parecer sincero. ERA, de fato, sincero.
- Oras, eu sai porque eu não me sentia bem-vinda na tua vida. Já que não era algo assim, digamos, vital, eu saí e passei a viver só. Você parecia realmente mais feliz. Daí eu não voltei mais.
- Ninguém precisou me dizer nada. Você deixou isso bem claro, lembra?
- E de quanto tempo você precisava? Parece que não me conhece, era só dizer o tempo, que eu esperava, oras. Mania de complicar as coisas...
- Acabou, é? Assim, bem no meio do meu sono? Desculpa, pequena, eu preciso dormir.
- Hm... diga.
- Ah, te deixou? Nossa, que horror, né!
- Sim, eu também falo sério. Eu realmente sinto muito por vocês. Digo, por você. Eu nunca compreendi o que leva uma pessoa a fazer esse tipo de coisa com alguém Ainda mais depois de dizer que te amava e tal. Sinceramente, não entendo.
- Hmm.
- ...
- Tô sim. Tô te ouvindo.
- Uhum.
- Hmm.
- ...
- ...
- Tô te ouvindo.
- Hmm.
- Uhum.
- Ei, pequ... Ei, pequena. É sério. Eu preciso dormir agora.
- Ah, eu senti um pouco no início, mas passou.
- Mesmo.
- Claro que sim, eu já te respondi isso. Não fico dizendo “eu te amo” pra qualquer um por aí.
- Mas ERA sincero!
- Era e é, oras.
- Não. Tô sem ninguém.
- Não.
- Não.
- Ainda não.
- Ah, sim. Uma hora eu tinha que aprender, né! Dizer não nem é tão difícil. Nem dói, vê? Aprendi também a me impor, a não deixar que tomem conta da minha vida e a selecionar o que vale a pena e o que não vale, o que me faz bem e o que não faz. Aaaaah, deixa eu te contar, lembra daquelas coisas que...
- Pequena?
- ...
- Pequena?
- ...
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Dos arquivos
Ne me dit jamais "pour tout la vie" si tu pense me quitter bientôt.
Ne me dit jamais "ça va" si tu pense me dire "au revoir".
Ne me dit jamais qui je suis la seulle si tu rêves à d'autre.
Ne me dit jamais qui tu ne veux pas me faire triste si tu le fait.
Un autre conseil - presque un demande:
Ne me dit jamais "je t'aime" si tu ne le pense pas vraiment, oui?
Tu me manque beaucoup et mon coeur est malade.. mais je ne t'oublier jamais.
Dizem que algumas coisas têm data de fabricação e prazo de validade bem definidos e que devem ser respeitados.
Eu discordo, tudo é relativo.
E repito: isso tudo continua em algum lugar indefinido entre o existencialismo sartriano e o ultraromantismo goetheano. E tenho dito.
Físicos e marxistas ortodoxos, não tentem me entender ^^
(Física quântica e Einstein estão fora de discussão, ok? =P)
E se você me entendeu é porque eu não me expressei bem, diria o mestre.
Como vai você?
segunda-feira, 24 de julho de 2006
momento barraqueira
e tenho dito.
domingo, 23 de julho de 2006
contabilizando...
ego: preciso de um novo, esse foi perda total;
estômago: finalmente espantei as borboletas que tavam por lá. elas fizeram uma sujeira q vocês não tem noção, viu?! porque, afinal, elas nunca souberam porque diabos alguém as colocou ali. aliás, o alvoroço todo que elas faziam devia ser mesmo pra tentar sair. vai saber. mas tá tudo em ordem por lá também.
fígado: um pouco maltratado, mas saiu ileso, sem maiores danos. acho.
mente: organizada de novo, finalmente!
fora isso, tenho que dar de um jeito no rombo que ficou na conta bancária, algumas marcas roxas pelo corpo e trabalhos atrasados. ah, e tem o super resfriado misterioso que apareceu - provavelmente - em decorrência da incrível baixa no meu sistema imunológico.
nada muito sobre-humano, vê?
no fim foi só mais um acidente.
entre mortos e feridos, a vida segue.
terça-feira, 18 de julho de 2006
segunda-feira, 17 de julho de 2006
às vezes eu canso de porralouquices comportadas.
às vezes eu canso de situações tranquilamente desesperadoras.
às vezes eu canso de dar atenção e receber atenção numa lógica de mão única o.O
às vezes eu canso de funcionar sozinha dependendo vitaliciamente de outréns.
às vezes eu canso de relaxar e curtir.
às vezes eu canso de viver anos em um mês.
ás vezes eu canso de ouvir, ouvir, ouvir...
às vezes eu canso de falar, falar, falar...
às vezes eu canso de sinceridades alcoolizadas.
às vezes eu simplesmente canso. assim, de uma hora pra outra.
tudo me é muito peculiar nesse meu jeito "facil", né?
afe, malditas borboletas no estômago, viu?!
sábado, 15 de julho de 2006
quinta-feira, 6 de julho de 2006
adoravel indefinição
- em algum lugar entre o ultra-romantismo goetheano e o existencialismo sartriano, entende?
- não
- não? então vc entende.
quarta-feira, 5 de julho de 2006
reciclando sentimentos..
tem gosto de carinho
tem cheiro de flor vermelha
e tem a alvura dos luares
né, srta cecília?
uma coisa boa, sabe..
um tanto ébria
que de tão boa
não sei..
é.. acontece.
(dos arquivos [des]personificados)
sábado, 10 de junho de 2006
E toda essa coisa de cobrança e satisfações me irritam muito. Muito mesmo.
- vê se eu tenho idade pra isso, né!
- tem sim.
- (suspiro) ¬¬
quinta-feira, 1 de junho de 2006
Se bem que...
Efemeridades não me atraem tanto. Não tanto quanto atraiam antes.
Pode até desmanchar no ar, virar pó, se misturar a fuligem do ar da cidade. Só não pode ser efêmero na essência, nem vago na poesia. Deve fazer o coração formigar, o sangue balançar e as pernas baterem mais fortes. Deve me deixar confusa e acabar com toda essa caretice.
Experimentações vagas, "arte pela arte", vaidade à venda.. isso não presta.
Mas.. do que eu tava falando mesmo? Ah, de teatro.
É.
E tenho dito!
(ponto)
quarta-feira, 31 de maio de 2006
De cuidar da saúde, fazer academia todos os dias e controlar a alimentação.
De fazer uma coisa de cada vez e cada uma delas a seu tempo.
De acreditar em "tempo" como a cura pra todos os males e solução para todos os problemas.
De pensar antes mesmo de pensar em agir. E depois de agir também.
De preferir qualidade a quantidade. Em tudo.
De evitar pessoas baixo-naipe.
De evitar o que me faz mal e me dedicar ao que me faz bem.
De fazer valer a pena e esperar retorno de tudo.
De dar retorno para tudo e todos, ainda que negativo.
De levar trabalho pra casa.
De ir a reuniões de condomínio.
De me preocupar com a minha imagem e a minha moral.
De sublimar problemas alheios e dar proporção real aos meus. E resolvê-los sozinha, de preferência.
De finalmente entender por que "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".
E de saber que não vai ser eterno, posto que é chama, mas que pode ser infinito enquanto durar.
É. Talvez eu não tenha encaretado taaanto assim.
E, veja bem, talvez ter arranjado alguém chamado saudade não seja tããão ruim assim, meu bem.
^^
domingo, 28 de maio de 2006
“Veja bem, meu bem, arranjei alguém chamado Saudade”
É.
De tornar-se "careta".
Envelheci.
Antes só que mal acompanhada.
Melhor o certo que o duvidoso.
Mil anos a dez.
Rabugices.
Espanta-marido.
É.
Encaretei.
De dormir cedo e acordar cedo.
Fazer tudo que tem pra fazer.
Ouvir os pais e valoriza-los acima de tudo.
Pensar em estabilidade.
Não se preocupar com coisas dos outros.
Ser mais eu.
É. Encaretei!
De viver de saudade.
De me satisfazer com lembranças.
Cinema aos sábados à noite e filmes em casa aos domingos.
De visitar os amigos já casados e felizes.
Ter afilhados por encomenda.
Apadrinhar os primos.
É. Encaretei mesmo.
De apreciar Garota de Ipanema em francês e os boleros de Ravel.
De ouvir Chopin antes de sair de casa, enquanto toma banho.
De se arrepiar com o Lago dos Cisnes e com o Quebra-Nozes.
De amar as descrições intermináveis de Virgínia Wolf.
De levar casacos a mais pra não passar frio mais tarde.
De preferir uma taça de vinho de 20 reais a uma garrafa de 5.
De preferir uma taça de vinho a uma garrafa.
De valorizar o conteúdo em detrimento da forma.
De usar “em detrimento de”.
¬¬
segunda-feira, 8 de maio de 2006
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ca s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ca me blesse, ou me lasse, selon les jours
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade!
domingo, 23 de abril de 2006
domingo, 9 de abril de 2006
Fim da linha. Você se vê tranquilamente parado em pé à beira de um abismo, com as mãos nos bolsos, olhando o mundo do outro lado se afastar. O abismo fica ainda maior, o que já não importa mais. O mundo do lado de lá parece cada vez menor e insignificante.
O que impera no momento é um sentimento de missão cumprida. Você respira fundo e fala pra si mesmo: "Viu? Eu sabia". Você foi precavido, cauteloso e mostrou a responsabilidade que todos sempre esperaram de você.
Parado - tranquilamente parado - com as mãos nos bolsos, o coração em ritmo normal, afinal você não caiu despenhadeiro abaixo. Você está vivo. Sem adrenalina ou emoção mais forte, afinal em nenhum momento você se arriscou.
Ritmo normal, pois se você tivesse deixado a coisa correr um pouquinho mais rápido o tombo ia ser grande, com certeza. Mas não. Você se conteve - como deveria ser - pra não se machucar mais tarde.
E voilà! Você está vivo! Parado tranquilamente à beira do abismo.
Parado. Numa tranqüilidade insana.
Por um lado, você se reprimiu e se privou de muita coisa, mas, pelo menos, não caiu despenhadeiro abaixo por pessoas ou causas que, muitas vezes, não valiam um tropeção seu.
Mãos nos bolsos, você respira fundo mais uma vez. Mais uma vez a sensação de que fez tudo certo - como deveria ser. Uma insanidade tranqüila e só.
Sem repressão, cautela, ou essa (maldita) responsabilidade que acompanha você desde o berço - como deve ser - você teria caído. Não estaria mais vivo, mas teria vivido.
Talvez. Não se sabe.
E se o abismo fosse o caminho pro céu? Afinal, as coisas do mundo têm certa tendência a se inverter sem aviso.
Talvez. Não se sabe.
Com as mãos no bolso, eu me retiro. E você?
...
sexta-feira, 7 de abril de 2006
segunda-feira, 3 de abril de 2006
sábado, 1 de abril de 2006
Hierarquia de valores.
Se você tentar hierarquizar é a uma inversão que você vai chegar.
Pode testar!
E tenho dito.
terça-feira, 28 de março de 2006
Oh yes, wait a minute Mr. postman
Wait!
Wai-ai-ai-ait Mr. postman
Mr. postman look and see
You got a letter in your bag for me (please please Mr.
po-o-o-stman)
I've been waiting such a long time
Since I heard from that girl of mine.
There must be some word today-ay-ay
From my girlfriend so far away
Please Mr. postman look and see
If there's a letter, a letter for me.
I've been standing here waiting Mr. postman
So-o-o patiently
For just a card or just a letter
Saying she's returning home to me.
\o\ \o/ /o/
tudo 'sussa'
É.. acontece.
Mas tudo bem.
Pior seria se pior fosse, já diria um outro sábio.
sexta-feira, 10 de março de 2006
^^
Acho que entendo o que você quis me dizer, mas existem outras coisas..
Consegui meu equilibrio cortejando a insanidade. Tudo está perdido, mas existem possibilidades.
Tínhamos a ideia, mas você mudou os planos.
Tínhamos um plano, você mudeou de idéia.
Já passou. Já passou.. Quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo. Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguem percebe é o que todo mundo sabe. Não entendo o terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto. Não acredito em nada além do que duvido. você espera respostas que eu não, mas não vou brigar por causa disso.
Até penso duas vezes, se você quiser ficar..
Minha laranjeira verde por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada.
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço. enquanto o caos segue em frente, com toda a calma do mundo..
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006
autista
mas eu não tenho motivos.
Soluções?
também não.
Sento na beira de estrada enquanto o mundo gira e gira e gira..
Fecho os olhos e fico tonta.
Tudo bem, deve ser o vinho.
sábado, 4 de fevereiro de 2006
sábado, 21 de janeiro de 2006
tpm
pode não ser assim, mas é o q eu sinto. às vezes. sabe como é, né.
é nessas horas q eu vejo q eu devia ter pego carona na tua mala ;\