quinta-feira, 24 de agosto de 2006

pelo telefone

- Tá. Fala mais dev... Tá. Tá. Só fala mais devagar pra eu te entender. São 4 da madrugada e até dez segundos atrás eu tava dormindo. E você deve estar bêbada, tá falando enrolado.
- Falei o que???
- Ah, sim. Falei.
- Ainda gosto de você, óbvio.
- Não era pra parecer sincero. ERA, de fato, sincero.
- Oras, eu sai porque eu não me sentia bem-vinda na tua vida. Já que não era algo assim, digamos, vital, eu saí e passei a viver só. Você parecia realmente mais feliz. Daí eu não voltei mais.
- Ninguém precisou me dizer nada. Você deixou isso bem claro, lembra?
- E de quanto tempo você precisava? Parece que não me conhece, era só dizer o tempo, que eu esperava, oras. Mania de complicar as coisas...
- Acabou, é? Assim, bem no meio do meu sono? Desculpa, pequena, eu preciso dormir.
- Hm... diga.
- Ah, te deixou? Nossa, que horror, né!
- Sim, eu também falo sério. Eu realmente sinto muito por vocês. Digo, por você. Eu nunca compreendi o que leva uma pessoa a fazer esse tipo de coisa com alguém Ainda mais depois de dizer que te amava e tal. Sinceramente, não entendo.
- Hmm.
- ...
- Tô sim. Tô te ouvindo.
- Uhum.
- Hmm.
- ...
- ...
- Tô te ouvindo.
- Hmm.
- Uhum.
- Ei, pequ... Ei, pequena. É sério. Eu preciso dormir agora.
- Ah, eu senti um pouco no início, mas passou.
- Mesmo.
- Claro que sim, eu já te respondi isso. Não fico dizendo “eu te amo” pra qualquer um por aí.
- Mas ERA sincero!
- Era e é, oras.
- Não. Tô sem ninguém.
- Não.
- Não.
- Ainda não.
- Ah, sim. Uma hora eu tinha que aprender, né! Dizer não nem é tão difícil. Nem dói, vê? Aprendi também a me impor, a não deixar que tomem conta da minha vida e a selecionar o que vale a pena e o que não vale, o que me faz bem e o que não faz. Aaaaah, deixa eu te contar, lembra daquelas coisas que...
- Pequena?
- ...
- Pequena?
- ...

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Dos arquivos

Un conseil pour vous:
Ne me dit jamais "pour tout la vie" si tu pense me quitter bientôt.

Ne me dit jamais "ça va" si tu pense me dire "au revoir".
Ne me dit jamais qui je suis la seulle si tu rêves à d'autre.
Ne me dit jamais qui tu ne veux pas me faire triste si tu le fait.

Un autre conseil - presque un demande:
Ne me dit jamais "je t'aime" si tu ne le pense pas vraiment, oui?

Tu me manque beaucoup et mon coeur est malade.. mais je ne t'oublier jamais.


Dizem que algumas coisas têm data de fabricação e prazo de validade bem definidos e que devem ser respeitados.
Eu discordo, tudo é relativo.

E repito: isso tudo continua em algum lugar indefinido entre o existencialismo sartriano e o ultraromantismo goetheano. E tenho dito.

Físicos e marxistas ortodoxos, não tentem me entender ^^
(Física quântica e Einstein estão fora de discussão, ok? =P)

E se você me entendeu é porque eu não me expressei bem, diria o mestre.

Como vai você?