sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

"ao acordar naquela manhã de sonhos perturbadores, Gregor Samsa viu-se transformado..."

Se eu acordar metamorfoseada num inseto, amanha de manhã, é porque Kafka já previra. Dêem os créditos a ele por mim.
E até ontem eu ainda me perguntava 'por que o que esse cara escreve tanto me atrai?'

(nanni se olhando no espelho)... pessoa estranha.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

blog, enfadonho blog...

sobrevivi =P

Festa da elite rendeu o que tinha q render =D Entre declarações e confissões... entre cervejas e vinhos... tudo saiu conforme era esperado. Essa turma é o que há.
Passagens por lugares obscuros no decorrer da semana se encarregaram de descarregar as baterias (que já estavam no fim).
Depois de jurar pra quem quisesse ouvir que as roubadas estariam fora da minha rotina diária, e ainda assim ver que elas permaneceram firmes, fortes e insistentes, só me resta concluir que são elas que vêm atrás de mim. Aposto que a Thayse concorda comigo.

No mais, agora tô me sentindo em férias \o/

Fazendo muito nada e lendo muita coisas entre utilidades e inutilidades. Tô surrealmente tranquila.

Vou lá pra sacada. Me sinto bizarramente idosa nessas horas. Ponho uma cadeira na sacada e me acomodo: de pijama, com uma xícara de café lendo a parte policial da folha de S. Paulo (a mais divertida), em pleno domingo, às 3 da manhã. Nas férias. Bizarro, dizaí!

domingo, 12 de dezembro de 2004

Insônia.
Headache.
Dor no peito. Estranho.

Meu estômago tá podre. Não consegui nem tomar café. Mas a Brahma até que desceu bem =D
Encerramento do semestre cênico, na quarta: tequila. E pra passar a queimação na garganta, dá-lhe cerveja.
Forró na quinta: dia light, só uma Bohemia.
Encerramento do semestre jornalístico, com amigo secreto, na sexta: Rajska, cervejas, marlboros, mais rajska, mais cerveja, mais marlboros e mais um pouco de Rajska. Que horror =P
Há algumas horas: mini reunião com truco, calouros da agronomia (adoro esse curso), Brahmas e café.
Pra amanhã: povo cênico quer fechar o ano com chave de ouro (denovo) com festa na casa do Toni. Essa promete!
Segunda-feira: festa da elite em São Pedro, uma terra distante, longe da civilização. Já existem 20 Brahmas lá na casa à nossa espera.

Se eu sobreviver, volto aqui pra contar como termina esta história.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Lembro-me que à meia-noite, bem alto, na estrada de Orion, brilhava uma lua como nunca vi mais cheia, a cabeleira solta, os seios nus, o olhar de louca a me varar o peito de súplicas e doestos.
Era tal o mistério dessa noite que agora mesmo, escrevendo na minha sala noturna, sinto os cabelos se me içarem de leve, como se fosse sentir novamente sobre eles a mão macia da lua cheia.
(...)
Transpus, ansiado, a distância familiar que me levava para alguma coisa que sentia vir mas não sabia o que era. Em casa, galguei rápido as escadas para o meu quarto no primeiro andar, e fui sentar-me ofegante à escrivaninha antiga, a mesma que tenho hoje, a mesma que suportou na infância o peso da minha ambição de ser poeta. A janela estava aberta, e em sua moldura a lua viera se postar, os olhos cravados em mim.
Não sei como foi, mas sei que foi diferente de tudo o que sentia antes. Meus ouvidos, como conchas, pareciam recolher os ruídos mais longínquos do mar que estilhaçava em mim. Ouvi o sopro da noite, o cair das folhas, o germinar das plantas que boliam fora, na mata próxima ao Corcovado, e ali perto, no jardim. Pombas vazaram do meu coração, deixando-me dentro, a se debater, a grande ave inimiga que me feria com suas asas querendo sair também, fugir, voar para longe. Senti-me sem peso, sem dimensão, sem matéria. Meu ser volatilizou-se para a lua, transformado ele próprio em substância lunar. E comecei a escrever como nunca dantes, liberto de métrica e rima, algo que era eu mas que era também diferente de mim; algo que eu tinha e de que não participava, como um fogo-fátuo a crepitar da minha carne em agonia.

Linha por linha, como psicografado, o poema 'o meu primeiro poema' começou a brotar de mim.

'O ar está cheio de murmúrios misteriosos...'



... é ... hm ... é ... vinicius ;~
Inexplicável, senão indizível. Simples assim.



(Texto completo disponível aqui)
Acho que vou ficar a vida inteira sofrendo o ônus por ter nascido atrasada. As coisas não andam muito sincronizadas/reguladas por aqui.

acabando,

Semestres estão acabando. Acabando.
Falta parir um último trabalho. O último.

Essa história de fim da primeira fase soa muito surreal ainda. Era tanta substância orgânica, tantas plantinhas com suas partes e subpartes, tanto número e tanta fórmula. Tanto tempo e tanta dor de cabeça. Tanta doação, tanta privação. Dedicação. Medo.
Tudo foi canalizado em prol dum sonho. Um tiro no escuro. Um passo para dentro da neblina.
Pra evitar qualquer frustração, comecei sem expectativas. Terminei com menos ainda. O que será dagora em diante? Ou melhor, SE for, o que será?

Bom, não sei.

Só sei que "férias" é a palavra. É o que há no momento.

Conforme eu já havia previsto, estas estão sendo as duas semanas mais longas da minha vida.
E - como se fosse necessário um motivo assim - na sexta rola bebedeira, vulgo comemoração, pelo fim do semestre na federal. =D
Estou na expectativa pra saber onde eu vou acordar no sábado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

Como é perigoso pôr coisas boas em mãos erradas!
Acho que o Francisco de Oliveira (bem esse mesmo, o cara d'O Ornitorrinco') andou lendo muito Dostoiévski. O cara tenta (limita-se aí à tentativa) explicar economia com frases cheias de apostos e parênteses e considerações/desconsiderações.
Isso te faz reler todo o parágrafo pra poder lembrar o que ele tava querendo (limita-se aí à vontade dele) explicar. Só que mais uma vez o cara não colabora, porque o último parágrafo que eu li ocupa três páginas. o_O

Pensando bem, mesmo se fosse uma edição ilustrada acho que eu não iria enrtender. ¬¬


Só pra não perder o costume: odeio pseudoprofessores de Comunicação e Realidade Socioeconômica e Política Brasileira I.
E odeio ornitorrincos também.

terça-feira, 30 de novembro de 2004

dia cansativo
amanhã promete
pra revitalizar as forças
pra renovar o espírito
eu carecia de pô-lo no colo
apertar pra bem junto de mim
sentir o calor
a vibração
coração com coração
tum.. tum.. tum.. ouve?
sente?
imagina?
sonha?
sentir o arrepio
suspiro sombrio
relaxa só de pensar
traz café
apaga a luz,
liga o som,
deita aqui,
me faz dormir
isso é legião?
foi quase sem querer
quase te pus longe do meu lado
por um momento te fiz em mil pedaços
noutro sentimos juntos o vento no litoral
tínhamos apenas dezesseis
eu dizia 'ainda é cedo'
e você já sabia há tempos
que tudo aconteceria antes das seis
eu sereníssima, você paciente
não foi tempo perdido
perfeição.

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Do you see me, do you see, do you like me?
Do you like me standing there
Do you notice, do you know,
Do you see me, do you see me
Does anyone care?

tu tu ru tu.. tu tu ru tu.. tu tu ru tu.. tu tu ru tu...

opa, já tá gravando?




hmm..

Fim de semana furado. Sexta feira me mobilizei até o Itacorubi especialmente pra buscar o material do seminário e o grupo furou comigo. NINGUÉM, além de mim, do grupo de OITO pessoas tinha o material pronto ¬¬
Pra sexta a noite roubadas mil. Casa da DeH foi o ponto escolhido, mas o povo furou, sabe ¬¬
A segunda opção foi na trindade, e serviu pra não quebrar a tradição de roubadas dos últimos 254521358451864 fins de semana ¬¬
Pelo menos tínhamos vodocas ;~
Sábado furado. Muita coisa pra fazer. Pouca coisa feita de fato. Domingo furado. Muita coisa pra fazer. Pouca coisa feita de fato.

Algo me diz que as próximas duas semanas serão as mais longas da minha vida. E tomara que essa minha incapacidade para confeccionar bons textos se corrija em menos de 4 anos ¬¬ Ou pelo menos que a preguiça passe.



No mais.. ah.. Thayse, Danny, DeH e Viros: you´re so fucking special, people! ;*
"Sade não usa filtro. Vocês querem café? Então engulam os grãos! Ou enfiem.."
"Pasolini transou com Sade, mas Kaufman soube amá-lo"


Esse foi o programa de sábado. Digo, eu vi 'Contos Proibidos do Marquês de Sade' no sábado. O do Kaufman. Bastante filtrado e romântico, poupa o espectador até nas palavras. A direção de arte foi impecável. Os atores não deixaram a desejar. O padre era a porta para o mau caminho, senão o mau caminho em pessoa xP
O filme é bom, embora eu esperasse *mais* em questão de conteúdo.

Ele não fala do Marquês de Sade, mas sim reflete toda a hipocrisia de uma sociedade pautada pelo moralismo, onde qualquer pessoa, entre quatro paredes, age de forma incoerente.

Momento "você sabia que..?": a mãe do Marquês de Sade era freira.

Determinismo é furada =P

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

('Uma Criatura Dócil', de Dostoievsky. )
"Os homens estão sozinhos na terra, essa é a desgraça! 'Há alguma alma viva sobre a terra?', grita o bogatir russo. Eu, que não sou bogatir, grito o mesmo, e ninguém dá sinal de vida. Dizem que o Sol dá vida ao universo. O Sol está nascendo, olhem para ele, por acaso não é um cadáver? Tudo está morto e há cadáveres por toda parte. Os homens estão sozinhos, rodeados pelo silêncio - isso é a terra!. 'Homens, amai-vos uns aos outros' - quem disse isso? De quem é esse mandamento? O pêndulo bate de um modo insensível, nauseante. São duas horas da madrugada. suas botinhas estão junto à cama, como se esperassem por ela... Não, falo sério, quando a levarem amanhã, o que vai ser de mim?"


Fim


Precisa mais?

sábado, 20 de novembro de 2004

é que eu preciso dizer que te amo...

Pessoas diferentes,
cabeças diferentes.
Diferentemente parecidas.
Sou uma feliz continuação de você.
Não espere que sejamos iguais,
a linha a vida não se faz em círculos.

Batalhadora, guerreira, forte.
Correta, sensível, emotiva.
Prestativa e incansável.
Frágil, ingênua. Aprendiz e professora.

Meu coração exala gratidão!
Mas não só.
Transbordo de orgulho e alegria,
Eu posso olhar pra ti e dizer "minha mãe!"
E a nenhuma outra da mesma forma.
Isso é uma bênção.

Insisto em dizer:
Minha família é meu tripé
Minhas conquistas são SUAS conquistas
Regalo-as em especial a ti, mãe.

As palavras me faltam nessas horas em que algo quero expressar.
Minhas atitudes nunca foram bem vistas, eu sei.
Ao passo que nada posso contra isso.

A mim, me serves de exemplo,
meus ideais de vida, no entanto, são outros.
És o espelho para o meu comportamento
e base para os meus conceitos.

As marcas do tempo vão ficando
No físico, elas ainda se mostram sutis, suaves..
na alma, são profundas, atrozes.

O tempo nos ensina coisas da vida...
espero adquirir sabedoria em dimensão semelhante à tua.
No entanto, foste tu que me ensinastes a mais nobre das lições.
Tu me apresentastes ao mais precioso dos sentimentos.
Foi através de ti que conheci o amor e seus significados.

O mínimo que te ofereço em troca, é o resultado do meu aprendizado,
além do respeito e da ternura como subprodutos.

Isto tudo deveria ser repetido ao fim de cada dia.
Mas hoje me parece um dia especial e propício para tamanha pieguice.

"Feliz Aniversário" é o que se diz, não? =)






Isso foi devidamente manuscrito e será entregue ao destinatário em questão, mais um da lista d'Os Especiais'. Embora não seja esse o costume. xP

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

;~

Velha história

Depois de atravessar muitos caminhos
Um homem chegou a uma estrada clara e extensa
Cheia de calma e luz.
O homem caminhou pela estrada afora
Ouvindo a voz dos pássaros e recebendo a luz forte do sol
Com o peito cheio de cantos e a boca farta de risos.
O homem caminhou dias e dias pela estrada longa
Que se perdia na planície uniforme.
Caminhou dias e dias
Os únicos pássaros voaram
Só o sol ficava
O sol forte que lhe queimava a fronte pálida.
Depois de muito tempo ele se lembrou de procurar uma fonte
Mas o sol tinha secado todas as fontes.
Ele perscrutou o horizonte
E viu que a estrada ia além, muito além de todas as coisas.
Ele perscrutou o céu
E não viu nenhuma nuvem.

E o homem se lembrou dos outros caminhos.
Eram difíceis, mas a água cantava em todas as fontes
Eram íngremes, mas as flores embalsamavam o ar puro
Os pés sangravam na pedra, mas a árvore amiga velava o sono.
Lá havia tempestade e havia bonança
Havia sombra e havia luz.

O homem olhou por um momento a estrada clara e deserta
Olhou longamente para dentro de si
E voltou.





Ao invés de Ivan Lima, Vinicius.
É o que há!

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Acho que eu tô sensível.

Eu chorei ouvindo uma amiga minha me contar que o ex-namorado da amiga dela mandou uma carta toda bonitinha de feliz aniversário pra amiga dela. Conheço a garota só de ouvir falar. O garoto eu nem sabia que existia, até então. Mas eu chorei.

Ah.. mamãe e eu estamos de mal também.

E hoje choveu.

O mundo consp... tá, eu sei que o mundo não gira em volta de mim.

domingo, 14 de novembro de 2004

Morreeeeeu! O mamute morreeeeeeu!

A Marian pequenina queria festar.
Tentava e tentava e não podia festar.
A nanni, sua amiguinha, foi lhe ajudar.
E em São Pedro foi lhe enfiar.
ha-ha-ha-ha
E o que aconteceu?
Roubaaaadaaaaaaaa. A Marian foi numa roubaaaaaadaaaaaa!

Vamos levar a Danny junto. ¬¬

sexta-feira, 29 de outubro de 2004

¬¬

é uma merda esse negócio de sono.
só lembro de chegar em casa ontem e ligar o pc. o pc deu pau, reiniciei e SENTEI na cama enquanto esperava. fui acordar só as 6 da manhã de hoje o_O
ah, e DEITADA.
e eu não tinha bebido.

fiquei emputecida. eu tinha planejado fazer um trabalho naquela madrugada. pra abafar a irritação resolvi dormir a manhã inteira.
e a aula de cinema?
seu tivesse ido, teria me irritado mais ainda.
por que?
porque 'não teve' aula!

tô cansanda de não ter aula. méérda.



no mais, descobri mais um café bom na cidade. a parte piégas do dia fica pra outro post. e os micos no ônibus também.



amanhã eu vou pra aula. e não vai ter aula denovo. ¬¬



tô com sono.

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Pede perdão pela omissão um tanto forçada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa..


é.. sempre vinicius.



Fico incomodada com essas fases de intimismo exacerbado explícito pelas quais este blog passa de vez em quando.

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

fim de semana bom

Trabalhos em dia pra compensar um final de semana bitolado e submerso em pilhas de papel.

Não rolou 'Tulipa' na sexta. Mas pra que entrar num barzinho se a boa companhia e a vodoka estavam do lado de fora comigo? =Pp

'Verissimo Café' no sábado já que o os bilheteiros do teatro também tinham que assistir à peça. ¬¬
Ah, o Verissimo, pois bem. Lugarzin legal e bom atendimento. Capuccino bom, chocolate caseiro muito phoda, e sem palavras pro expresso concentrado. Boa companhia, presentes e chuva ;~
Só lamento pelo povo furão =P

nham.. vontade de tomar vinho tinto seco, com peixe e/ou queijos. Dá pra ser com vinho branco =)
Dá pra combinar o vinho tinto com paçocas também.
Vinho, vinho, vinho ;~



Vou virar uma bolinha em pleno verão se eu continuar assim.

sexta-feira, 22 de outubro de 2004

hmm..

Eu devia ter imaginado que depois de tantas aulas de enrolação a gente ia acabar aprendendo o ofício. E que o enrolador-mestre não ia decepcionar propondo algo consistente, que fosse nos intimidar. A prova fluiu bem.. bem enrolada.

É sexta feira.. em casa sozinha e mais cedo, tomando o meu café e ouvindo vinicius. Incrível como 90% das incomodações se desfazem nessas horas.
Aliás, há um tempo atrás eu tinha uns vinis do vinicius.. xP



Admito que eu tava pensando em furar hoje. Mas se eu fizer isso eu vou pirar. Vou dormir cedo. Vou contra a minha natureza. Vou dar mau exemplo. E isso é tãão errado. =P

Tulipa hoje, então? \o/

No mais, desculpa pelo furo de ontem ;~
E por todos os outros ;*

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

uma luz acesa no 35º andar foi confundida com a lua
e a janela era quadrada o_O

às vezes eu não entendo como eu consigo fazer tanta besteira em tão pouco tempo.

merda.
fim de semana com direito a overdose de pessoas legais ;~
fiz muito nada... comidas boas, doces, cafés, risadas, filmes, abraços...

e sem ornitorrincos! (vou mandar esse livro pra pqp, junto com o pseudoprofessor que me mandou lê-lo.)

acho que vou procurar algo da anne rice pra ler =)

sábado, 16 de outubro de 2004

divagar, devagar, verde, verd(e)ivagações..

Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou.
À ponta do lápis o traço.
Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto.
Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou.
Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio.
Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.
Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente.
Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.


Isso é Clarice. Os olhos dela eram verdes.

terça-feira, 12 de outubro de 2004

relações internacionais

Enquanto isso, no Orkut ...

stop posting in portuguese, please - 10/11/2004 7:30 AM
I am Annie from UK. I don´t know how to speak portuguese, but thank God I have friends to translate what you brazilians post here.

You may think that what you´re doing is a perfect example of 'ultra-violencia', but that just sounds retard. If you´re jealous of us, or if you don´t speak english, or if you don´t want to do that, please, create a community called "Laranja Mecânica", to post only in portuguese.

You don´t care about what we say because you don´t even know what the world says.
"Brazilian people are dumb, Gary isn´t wasting time hating them"


(...) o_O


10/12/2004 12:47 AM
foda-se você e seu reino de merda seu filho da puta! sou do morro caralho !


h0h0
Já amanheceu o dia.. é hora de dormir

E meus discípulos devem estar chegando em casa agora... que lindo ;~









obs.: eu não sei qual vai ser minha reação se morrer mais um fotógrafo nessa semana,,,

pra não dizer que eu falei que odeio...

Não gosto muito quando o pc dá pau às 5 da manhã
Não gosto muito quando fotógrafos morrem
Não gosto muito quando maltratam pessoas que eu gosto
Não gosto muito quando eu não consigo assumir meus sentimentos
Não gosto muito da minha acomodação
Não gosto muito de ogrices
Não gosto muito de professores de Realidade e Comunicação Sócio-Econômica e Política Brasileira I







Odeio eufemismos.

domingo, 3 de outubro de 2004

ainhaimmm...

Muita coisa pra ser feita... inversamente proporcinal é a vontade de fazê-las.
Tpm tá aflorando como *nunca* visto... e eu mantenho a calma do jeito que dá.
Descarreguei um pouco da tensão xingando os baderneiros que pseudocomemoravam o resultado da eleição na galáxia de são pedro enquanto eu tentava ler ou ouvir música. Tentei dormir também, mas, com ou sem barulho, tá impossível ultimamente. pqp!




Eu vou me limitar a trancar minha irmã na sacada - ou no banheiro - se ela não aprender a ficar quieta quando eu tô com dor de cabeça e ressaca.
Eu quero um namorado gay.








...e uma aspirina x

Boa 'noite'.

quinta-feira, 30 de setembro de 2004

'férias' é a palavra










e *FO-DAM-SE* o mundo e seus valores.
há um post em algum lugar da web sobre 'valores'.


é o q há










só pra dormir mais tranquila: 'odeio gente feliz demais, que explicita isso em horas inconvenientes.. aliás, odeio gente inconveniente'

tenho a minha 'pessoinha-inconveniente-preferida', e acho que posso ficar tranquila pq ela não vai pensar que isso aqui é pra ela

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

=P

Eu deveria ter desconfiado que era muita pretensão da minha parte.
Porque eu queria Kafka, mas o máximo que consegui foi algo parecido com Allan Poe.

Agora eu preciso de um desfecho a altura.

domingo, 19 de setembro de 2004

tongue piercing =P

Um post especial, pra mais um da lista d'Os Especiais'. Um pouco atrasado, mas tá valendo.
Traumas e disilusões acabam nos tornando pessoas frias, incapazes de mostrar aos outros a dimensão de tudo o que por eles sentimos.
O dia 16/set é cercado de superstição. Foi o dia escolhido para que pousasse no mundo uma leva de anjos. Um deles, em especial, é o alvo da demonstração de hoje.

Nome? inteligência. Vulgo, burocracia. Para os mais íntimos, sensibilidade.
Alguém capaz de ouvir quando o que você mais precisa é falar.
Alguém capaz de divagar horas sobre os assuntos mais aleatórios.
A garota das perguntas muitas vezes desconcertantes e inconvenientes, mas que sempre se justificou pela sinceridade.

A garota dos 'amores platônicos' e das 'coisinhas gays'. A malaquinha inrustida =P A garota do meleton amarelo com a bolsa que faz barulho.

Porque ela ouve Legião e beatles. Porque ela faz Jornalismo. Porque ela gosta de vinho. Porque ela escreve coisas muito boas.
E porque ela entende até o que eu não falo. Amodeio isso =P
(ela acabou de me ligar.. bem na hora que eu tava digitando a última frase.. *medo*)

Enfim, a nossa mais nova 'tongue piercing', que mal virou gente e já saiu radicalizando =P

A garota que merece toda felicidade do mundo.

Te amo!

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

nothing i am
nothing i dream
nothing is new
nothing i think or believe in or say
nothing is true
it used to be so easy
i never even tried
yeah it used to be so easy...
but the last day of summer
never felt so cold
the last day of summer
never felt so old
never felt so...
all that i have
all that i hold
all that is wrong
all that i feel for or trust in or love
all that is gone
it used to be so easy
i never even tried
yeah it used to be so easy...
but the last day of summer
never felt so cold
the last day of summer
never felt so old
the last day of summer
never felt so cold
never felt so...

the cure


Sensação estranha.
*Tanta* gente, todos os dias,,, não parecem ser mais que umas 3 pessoas.
Tão pouca gente, os especiais, que há dias (semanas ou meses) não dão notícias,,, esta ausência faz parecer que o mundo tá deserto.

Incrível e confuso é o paradoxo do 'amodeio'. Eu amodeio tanto a internet. Eu amodeio tanto o telefone.

Me sinto confusamente esclarecida.

Sou tão independente, que me tornei dependente da independência.

No ano passado, o mapa não mencionava curvas, nós que supomos. Nesse ano o mapa se mostrou sem continuação. É.. se fosse ao menos uma curva, teríamos a possibilidade dos 360 graus.

Amodeio mapas.






Vou pintar uma perede do meu quarto de laranja. Mas minha irmã gosta de roxo. Acho que a falta de combinação combina tão bem, pois o quarto continua branco.

Tudo muito inacreditável, mas eu acredito.

Não.. não acredito em nada disso. Amodeio convenções... 2+2 podem ser 3 ou 5 ou 22 ou 69. E sempre me fizeram acreditar que fossem 4.

s-i-g-h . . .





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segunda-feira, 6 de setembro de 2004

ação entre amigos

Preciso assinar minhas produções. Meu nome é muito grande e descombinado.
As opções de assinatura são:

.:Elisiane Rios

.:Nanni Rios

.:Elisiane Martins

.:Nanni Martins


Votos ou sugestões, manifeste-se!

Em breve resultado parcial da enquete.

Fim de semana bom.

Sexta com teatro e happy hour com amigos, vinho seco e queijos.

No sábado, depois de assistir a um bom espetáculo, tomei café (que se dizia) italiano com chantili e canela. Sinestésico ;P~
À noite, já que tava de graça pra mim, reassisti à peça de sexta, que desta vez pareceu ainda mais engraçada.

Fui parar na casa da Danny, figura que me fez oscilar entre riso e choro madrugada a dentro. Até ganhei uma caneca adaptada para pessoas desastradas. Uma não, duas. Se eu conseguir rachar ou perder uma delas, tem outra de estepe =Pp

Passei o domingo fazendo muito 'nada'. Isso é uma merda, mas eu não ia conseguir fazer 'tudo' mesmo.

Há rumores em torno do meu destino no dia que se inicia.
Ouvi algo sobre eu ser abduzida pelos parentes de São Pedro: nada confirmado. Thayse tá clamando por um parceiro pra jogar nintendo com ela: é outra opção em potencial, embora eu não goste de videogame. Tenho que levar o Pedro e o Paulo pra conhecer o café no pé da escadaria do teatro da ubro: grandes chances. Outras opções?






Na terça, eu estarei, sem escapatória, em são Pedro.

domingo, 5 de setembro de 2004

Vinicius, Menininha.

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão


Vou atender por 'menininha' e me recusar a crescer.

Porque o mundo dos piks é tão fascinante ;~~

divagando...

Gostaria de ser "O menino do Dedo Verde" * para transformar esses canhões em vasos de jardim, e os que brigam em jardineiros, e o Paquistão se chamando PaquisLores, tudo com muito cheiro de relva e flores no ar, com crianças brincando e cantando gostosas cantigas de roda.

Marcela Serpa Boni, 11 anos
Catanduva - SP


Acho que só eu que não li esse livro quando era criança. A peça, adaptada, produzida, dirigida e contada por alunos de Cênicas da udesc, no sábado, é altamente recomendada.

A obra, escrita em 1927, por Maurice Druon, mostra-se universal e eterna. O ator - que responde por Daniel nos corredores da udesc - exibe graça e desenvoltura ao interpretar sozinho todos os personagens da história, inclusive alguns simultaneamente.
Diferente do teatro infantil "by VD Produções" com que estamos acostumados, esta obra trata a criança como um ser pensante, porém feliz por viver no seu mundo. Alguém que está antenado no que acontece, que possui particularidades, que pensa soluções para corrigir os erros dos adultos, que é oprimido pelo sistema imposto já nos tempos de colégio.

Tistu, o menino do dedo verde, tinha o poder de fazer brotar flores em todos os lugares que tocava. Quando soube que no mundo existiam guerras por motivos tolos, resolveu transformar a fábrica de canhões do Sr Papai numa 'fábrica' de flores. Os canhões anteriormente fabricados passaram a atirar flores. As guerras deixaram de existir no mundo de Tistu.

Neste mundo atormentado pela guerra, onde tanta gente vê seus horizontes desaperecerem por detrás da fumaça, é necessário que alguém conserve uma pontinha de esperança em se solucionar tudo isso e voltar a viver bem. As crianças o fazem espontaneamente; aos adultos, resta o duplipensar: ainda que obviamente utópica, acredite na solução.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Setembro Teatral

Adultos (ham ham):

01 a 05/09 e 08 a 12/09
Teatro da UBRO, 20:30hs
--> Descoladas deslocadas

15 a 19/09 e 22/09(TAC)
Teatro da UBRO, 20:30hs
--> E fosse minha carne...

10 a 12/09 - 17 a 19/09 - 24 a 26/09
Casa do Teatro Armação, 22hs
--> O coração delator

23 a 26/09
TAC, 20:30hs
--> O líquido tátil

Ingressos r$10,00 (estudante r$5,00)

Isso é um convite. =)

domingo, 29 de agosto de 2004

dia piegas

só pra ilustrar...

Tomada de gosto

Eu gosto
Do positivo
Do bom motivo
Bem desejar

Eu gosto
Noticia boa
Sou do bom vento
Do semear

Eu gosto
Que a maré leve
Gosto da neve
Dormir e despertar

Eu gosto
Da gentileza
Da boa mesa
De passear

Eu gosto
Dos pensamentos
De alguns momentos
De namorar

Eu gosto
De pão quentinho
De cafezinho
De erva
Chá

Eu gosto
Todas as coisas
De outras coisas
E coisas
Tais e quais

Eu gosto
Gosto do gosto
E este gostar
Não acaba mais

(tatiana cobbett)

segunda-feira, 23 de agosto de 2004

[...]
^
|

Aqui ia sair um post fiél ao estilo 'odeiodoispontos'. No entanto, resolvi não oficializar o "plágio", bem como privá-los de todo esse 'drama'.




E porque radiohead é deprimente.
Credo!
&#&#%/$!

Porque eu devia deixar de ser trouxa.

domingo, 22 de agosto de 2004

Eu continuo querendo um namorado gay.






Ou seria mais fácil virar lésbica?
aHh.. vodkas em excesso também fazem mal.
- Trabalho em excesso cansa antes mesmo de começar a ser feito.

- Felicidade em excesso irrita. Tem um carro de som, daqueles que se usa pra fazer as pessoas passarem vergonha, tocando música sertaneja logo abaixo da minha janela, há uns 20 minutos: gente feliz *demais*.

sábado, 21 de agosto de 2004

cara... que merda!

terça-feira, 17 de agosto de 2004

"Ó cidadãos de Tebas, pátria nossa! Vede bem Édipo, decifrador dos terríveis enigmas. Quem não invejava a sorte de tão poderoso homem? E agora vede, em que abismo de desgraças submergiu! Por isso, não tenhamos por feliz homem algum, até que tenha alcançado, sem conhecer doloroso destino, o último de seus dias."
*_*

Já disse aqui o quanto eu admiro os gregos? Acho que não,,, fica prum outro post.








O real motivo da minha visita é informativo: exibição do documentário "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore, dia 18/08 (amanhã), às 19 horas, no audotório do ceart, na udesc. Entrada gratuita.

Estarei por lá.

E só pra constar, eu AINDA tenho celular.

sábado, 14 de agosto de 2004

Mundo pequeno..
E a garota ficou sem graça só porque perguntei pelo namorado dela pra mãe dele. Mas eu nem sabia que eles se namoravam. Na verdade eu nem sabia que ela era ela.

Ele era quase gay. E esse 'quase' ainda preservava minhas esperanças até então.

Nostalgia ;~







Eu não consigo pensar e escrever com tanta gente falando em volta.
Povo nervoso.
Ainda querem me carregar junto com eles, hoje, pra são Pedro.
Confira o final da novela no próximo capítulo.

domingo, 8 de agosto de 2004

Eu quero um namorado gay.

sábado, 7 de agosto de 2004

Porque era sexta feira..
(hmm.. não serve)
E eu tava cansada.
(tbm não..)
Mas eu tava com sono!
(isso nunca foi um grande problema, muito menos motivo pra tanto..)
Hmm.. então..
(então?..)
Então.. então não sei..
(e..?)
Ahh.. me desculpa, cara!

--> Agora nossas consciências estão com pesos equivalentes.






Mas você lembra demais certas coisas que eu tento esquecer. E eu fico irritada com a minha covardia.

domingo, 1 de agosto de 2004

Vamos recapitular:

Ponto morto? é só ligar.
Primeira? aperta a embreagem e liga.
Vá soltando a embreagem devagar e apertando o acelerador.
Ok isso acontece.. tenta denovo.
Vá soltando a embreagem devagar e apertando o acelerador DEVAGAR!
Tudo bem, ali na frente só tinha grama mesmo. Só pra constar o que por sorte vc já sabia, o pedal do meio é o freio, ok?
Denovo..
Isso. Agora aperta a embreagem e passa pra segunda. Solta.. DEVAGAR. Ok, acontece.
Tenta denovo.
Cuidado! (nessa hora todos têm seus corpos arremessados violentamente pra frente)
Calma, não solta os pedais assim. Pega leve com o freio.

Fran é boa instrutora, embora o porteiro não botasse muita fé nisso. x)
Viros também balbuciava algo, deviam ser instruções também, não lembro.

Mas eu cuRti dirigir. Acho que sóbria eu até teria estacionado direito.

e o kolja também voltou pra casa, na alemanha.
;~\

sexta-feira, 30 de julho de 2004

a deh voltou! \o/
"Hoje podemos afirmar que o Galpão já tem uma linguagem própria, onde se misturam Brecht e Stanislavski, as técnicas circenses com o teatro balinês, a música folclórica com os experimentos musicais mais contemporâneos, a dramaturgia clássica com o melodrama, Eugenio Barba com Gabriel Villela, Eduardo Garrido com Shakespeare, marujadas com Molière, teatro épico com drama psicológico, o provinciano com o universal, a tradição com a transgressão. Tudo se mistura nesse caldeirão que os alquimistas do Galpão transformam, com visão crítica e generosidade, em teatro da mais pura cepa, arte maior, celebração da vida."

Paulo José - diretor e ator


Felicidade incontida. Sou capaz de imaginar o brilho nos meus olhos ao ler o depoimento de Paulo José sobre o grupo galpão.
Isso tudo é simplesmente encantador. Não basta?

Não.

Medo.

Ansiedade?
É um bom apelido.

Minha cabeça dói e o sono foge. O tempo não passa.
O café acabou. Por que o café sempre acaba nessas horas?

Ansiedade.
Medo?

Por que meus olhos não brilham quando eu assisto ao Jornal Nacional?
Viu porque eu prefiro blogs a flogs? Blogs não ficam limitando postagens/dia! \o/
Se essa rua, se essa rua fosse minha
eu mandava, eu mandava ladrilhar
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
para o meu, para o meu amor passar.


Da mesma forma que "Escravos de Jó..." e "Ciranda, cirandinha...", não há registros da autoria/idade da cantiga.

Thayse tava inquieta com isso hoje. Quem manda ficar vendo novela! Novelas não são feitas para o público pensante. Anyway, acabou me contagiando.

Alguém pode ajudar a Thayse a dormir melhor?
Dias estranhos. Horas inúteis. Inquieta.
Dias inquietos. Horas estranhas. Inútil.
Dias inúteis. Horas inquietas. Estranha.

Sabe, eu odeio faxina. Sou desorganizada também.

Só essa semana (por livre e espontânea vontade) eu faxinei o apartamento todo duas vezes, arrumei meu armário umas 3 vezes e lavei *todos* os meus calçados, inclusive os de verão. Aprendi a usar a máquina de lavar roupas tbm.

Mamãe até estranha, mas não fala nada a respeito.

Inquieta. Dias inúteis. Horas estranhas.
Estranha. Dias inquietos. Horas inúteis.
Inútil. Dias estranhos. Horas inquietas.
Lua crescente
Você diz que fui além do que esperava, que fui ousada
talvez?! Ah, meu caro, fui é muito recatada, quase enfadonha.
Tivesse soltado as grinaldas, tivesse me elevado do chão e o
teria arrebatado com meus finos braços de um jeito que todo o
teu ser ficasse limitado ao esforço de respirar, sob o risco
de perder o balanço e tombar-se sobre as pedras duras.
Pois você, ao contrário de mim, ainda não possui asas.
Teria-o feito curvar-se para trás, dobrando a espinha e relaxando
a dorsal. Teria aparado seu pequeno crânio, como quem segura
um recém nascido. E assim, desconfortavelmente dócil e apanhado,
teria bafejado no seu rosto o meu hálito morno de predador.
E mordido docemente sua jugular, a fim de provar do que é
feito. Teria oferecido minha linfa em um vaso de prata. Teria
me feito noite. Teria me transformado em brisa. Teria
murmurado o canto dos anjos. Teria levado você comigo
para lugar nenhum, ali mesmo, longe de tudo. E de tão surpreso
adormeceria nas folhas sacas. Enquanto eu, dormiria ancorada
no riso da lua, se lua crescente fosse.


(gabriela torres)

Vagueando por aí a procura da rua q seria minha,, e se assim fosse, a teria mandado ladrilhar com pedrinhas de brilhantes para o meu amor passar..

h0h0

quarta-feira, 28 de julho de 2004

saudades da deh ;~~

segunda-feira, 26 de julho de 2004

Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá...


opa! já tá gravando?


Céu estava lindo neste final de semana: limpo, claro, azul, ornamentado. A lua estava convidativa. Oferecia sua face plana e horizontal para que repousassem os pensamentos, divagações e inquietações de filósofos, amantes ou andarilhos.
Até que resolveram consertar a falta de iluminação nas ruas da Lagoa. Ofuscou um pouco, mas não fez perder o encanto.

Com direito a vodkas (que faz *tudo* fluir melhor) e papos religiosos, políticos, morais e engraçados, sábado foi de fato um dia muito bom.

sexta-feira, 23 de julho de 2004

T

tão-somente - teclado - também - tavez - taça - transa - trivial - tristeza - tpm - talher - Tartufo - telefone - tu - taciturno - TÉDIO
Eu advirto: namorar faz mal à saúde...
... dos seus amigos.

Sim, estou chateada.

segunda-feira, 19 de julho de 2004

Ufsc - Jornalismo - 1ª fase:
-Redacao para Radio
-Redacao para Tv
-Fotojornalismo I
-Com.e R. Socio-econ. e Pol.br. I
-Cinema I
-Tec. de Rep., Entr. e Pesq. Jor.
-Introducao As Artes Graficas

Udesc - Artes Cênicas - 1ª Fase:
-Estética e História da Arte
-Fund. da Expr. e Comunicação Humana
-Feca-Artes
-Metodologia Científica
-Fundamentos da Arte na Educação
-Improvisação Teatral I
-Evolução do Teatro e da Dança I
-Interpretação Teatral I
-Educação Física Curricular I

Prazer, Hermione!
Só na base do vira-tempo! uiAHuhaUIHAuh
[De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama

eu possa lhe dizer do amor que tive:
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure]


Não há maneira mais eficiente de começar a relembrar-me de ti, senão diante da menção do presente soneto.
Mas em especial, ao relê-lo no dia 17 de julho (anteontem), tudo obviamente voltou à tona. Era o dia de homenagear mais um da lista d'Os Especiais. Contudo, dentre tantos, és aquele cujo brilho é mais intenso. Aquele eterno e inesquecível. Aquele que impreterivelmente segue seu caminho deixando pra trás a sua marca nos que tiveram o privilégio de compartilhar momentos.
Carregas contigo pedaços daqueles cujas vidas, em algum momento, se entrelaçaram com a tua. Desfeitos os laços, os espaços continuam vagos, vazios. Promessas e juras que ali habitavam esvairam-se com o passar do tempo. Todavia o carinho e a admiração perpetuaram-se.
Sigo carregando o peso das minhas decisões e escolhas. Foi chama bem alimentada. Não te condeno. Foi infinito enquanto durou.

Felicidades, de coração! Te amo.

sexta-feira, 16 de julho de 2004

no title

Vamos atualizar isso aqui então.

-ei nanni, o q q fez hoje?
-nada
-o_O ! e ontem, então?
-nada
-algum plano pra hoje?
-nops

Vi dogville.. 3 horas de filme. Filme? É filmado, basta?
Cenário típico de simbolismo teatral: cenário único, fundo claro era dia, e fundo escuro, noite. Fundo vermelho era fogo. Portas eram representadas apenas pelo barulho característico, idem com o cachorro.
Há quem tenha identificado influências brechtianas na atuação dos atores. A metodologia de brecht ditava a relação ator-personagem e era praticada durante o treinamento de atores, cabendo a estes o livre arbítrio para explicitá-las ou não ao público durante a representação. Não foi o caso.
Já von Trier não tem como negar que sofrera influências do dramaturgo alemão: a idéia de separar a história em atos e prólogo é tipicamente brechtiana, bem como o enredo que lembra a ópera "jenny e o pirata" de brecht. É, a progenitora da tupiniquim "Geni e o Zepelim", do Chico.

Mas nada disso importa. O que importa é que um filme - estadunidense - criticando o sistema estadunidense é digno de louvor. Melhor que esse só 'Tiros em Columbine', do M. Moore. Recomendo os dois.

Cinema está para naturalidade/realidade, bem como teatro para ficção. Me atrai a simplicidade do teatro. Fugir da realidade é tão mais simples, não?

Não! Puro sofismo.

segunda-feira, 12 de julho de 2004

"cats don't care" x)

Ode ao gato

Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa
de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogara as moedas da noite
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.


Pablo Neruda 12/07/1904 - 2004

éca!

Se eu disser que a PIOR parte da gripe é ter que tomar suco quente de limão com mel, eu estaria exagerando. Mesmo porque tem a parte de não conseguir dormir, das dores no corpo, do nariz congestionado, da voz fanha, da indisposição, etc.
Desde quarta: amigos, passeios, conversas, amigos, teatro, vinhos, paçocas, amigos, chocolates quentes, amigos, forró, amigos, capuccinos, doces, música, violão, passeios, *frio*, boas risadas, amigos, filmes engraçados, abraços... dias inquantificavelmente (se é q essa palavra existe) agradáveis! Alguns entremeios foram ocultos e ficam prum próximo post, quando forem resolvidos.

sexta-feira, 9 de julho de 2004

Adoro São João!
Tem vinhos e paçocas! ;~~
;*

segunda-feira, 5 de julho de 2004

questão 2

Tudo começa com a noção de ação. Aristóteles adota esse critério para distinguir a tragédia da epopéia e define que é possível imitar: "Seja contando (quer adotando uma outra identidade [...], quer premanecendo a mesma pessoa) seja imitando, imitam todos as pessoas que estão agindo e realizando alguma coisa."
Chama-se portanto drama a uma obra que "imita pessoas que fazem alguma coisa" e epopéia à que imita por meio de uma "narrativa".
Essa diferença não é tão simples quanto parece, uma vez que, se a maior parte dos textos de teatro prevêem nas didascálias, quando necessário, ações executadas pelas personagens presentemente em cena, narrativas se encarregam das ações passadas ou que devem se desenrolar fora do palco. Desde as origens, a noção de ação nem sempre é facilmente identificável, mesmo que se admita de um ponto de vista teórico que o teatro narra por meio da ação.

[...]

Introdução à analise do teatro, de Jean Pierre Ryngaert, página 9, parágrafo 4

Pois é, eu li.

sábado, 3 de julho de 2004

Dia ruim. É sábado. Devia ser um dia legal.
Tem alguém tomando um porre em algum lugar da cidade. Acabou o vinho aqui. Vodka, nem o cheiro eu suporto, mais.
Amanhã tem prova, então ninguém quis me levar pra beber.

Acabou o café. Não vou fazer mais. Aliás fazia tempo que eu não fazia café em casa.

Tem um Hersheys aqui, inteiro. Estranho.

[...]

Tô cansada de ficar brincando de fazer-algo-da-vida. Brincar de cursinho é chato.
Udesc não faz greve, né? \o/ ham.. tomara que eu possa comemorar isso de verdade.

Choveu hoje. Tinha um povo correndo, tentando se esconder da chuva. Choveu tarde demais, eu já não precisava mais me esconder. Mamãe deve ter se molhado no caminho.

Telefone tá tocando direto. Só de enganos eu contei 4! Fora os conhecidos indesejáveis.

Esse apartamento faz (muitos) barulhos. Imagine então quando existirem móveis por aqui.
Estão soltando fogos lá fora. Podem ser trovões também, não sei.
Acho que os vizinhos do 402 estão se divertindo, bem no local equivalente ao meu quarto. Antigamente era eu que me divertia no sábado a noite.

Eu tenho que tentar dormir. Vou - mais uma vez - (tentar) terminar 'O processo'... talvez o sono chegue.

sexta-feira, 2 de julho de 2004

No primeiro dia eu xinguei desde a mãe até as tataravós dos manifestantes. Eu tava com dor de cabeça e padecendo de saudade da minha cama. Chego - ou tento chegar - no terminal, mas tinha um bando de baderneiros ppx no meio da rua, atrapalhando o trânsito.
Parecia óbvio que não ia dar em nada. Mas, contrariando as espectativas da maioria, eles conseguiram mobilizar o povo da oab, prefeitura, policia, imprensa: foi marcada uma reunião pra discutir a viabilidade de um reajuste das tarifas.
E eu em casa, acompanhando tudo pelos jornais. Típica cidadã submissa.

quarta-feira, 30 de junho de 2004

...

Esta gente nao sabe o lugar onde vai
Esta gente nao sabe onde ir
Esta gente nao sabe onde esta
Procurai
Esta gente nao sabe sorrir

E você que me vê
Fala mais...
Sou capaz de ouvir
Com voce aprendi a mentir
Procurando em você um lugar onde ir
Com você aprendi a sorrir
Rir... rir.. rir...

O falar por falar
Sendo assim nao se diz
O cliente e ciente do ouvir
Iludir, professor, e licão do aprendiz
Procurando um lugar pra sorrir

E você que me vê
Fala mais
Sou capaz de ouvir
Se mentir e sorrir pra você
Encontrai, a razao, em você
Procurai
Ou a gente nao sabe onde vai.
Vai...vai...vai

(tatiana cobbett e marcoliva)

terça-feira, 29 de junho de 2004

Mais informações sober o chocolate...

"Feniletilamina é uma substancia natural, produzida pelo cérebro humano, que tem a sua produção aumentada quando a pessoa está apaixonada. Esta substância também pode ser encontrada na pigmentação da amêndoa do cacau. Consequentemente, com a ingestão do chocolate, as suas taxas no organismo humano são elevadas, actuando como estimulante para o amor."

Chocolate - o alimento das mulheres independentes!

h0h0
A Hershey está completando 100 anos de existência. Tá de embalagem nova.
Nem os soldados em plena primeira guerra mundial resistiam ao chocolate, que era fornecido aos combatentes em quantidades suficientes para suprir uma possível falta de alimentos. Eles consumiam toda a reserva já na primeira refeição.
Mas alguém delatou os gordinhos, soldados e gulosos, que tiveram seu único prazer palpável no momento substituido por tabletezinhos com os mesmos atributos energéticos, mas com adição de substâncias não interessantes ao paladar: tremenda maldade!

A Hersheys ganha impulso desenvolvimentista com a segunda guerra, com tabletezinhos de chocolate que não derretiam no bolso dos soldados e com o tradicional sabor. Dessa vez os gordinhos soldados já estavam bem avisados.
Até tu Hersheys! Se fazendo em cima da guerra... =P

Descobertas como esta andam tornando as coisas difíceis. Tantas "coisas" ultimamente têm conseguido, com algumas atitudes, pôr abaixo toda admiração que eu sentia por elas.

Acho que vou fazer um café..
;*

quinta-feira, 24 de junho de 2004

É algo muito surreal assistir ao povo que se complica todo ao tentar ser simples.
Adoro ter que engolir o que eu digo... x)

pieguice... x)

(ontem, 23/06)
Dia de rever uma pessoa especial. Exemplo de calma e serenidade. Base pros meus conceitos. Espelho pro meu comportamento. O limite dos exageros - que ainda não são axageros - em pessoa. Deveriam chamá-la mistério. E de sobrenome, orgulho. Vulgo, alegria. Para os mais íntimos, tristeza.
Alguém que arma o maior barraco pra no fim trocar as palavras pelas lágrimas. Alguém de postura altiva, menina carente. Chora rindo e ri chorando.
Alguém apaixonante - e eu tenho minha opção heterosexual bastante segura! Sim, paixão, ao menos é o que parece justificar minha persistência durante todo esse tempo, enquanto tantos outros já largaram de mão.
Eu deveria aprender a falar estas coisas aos seus destinatários. Entretanto, a genética se encarregou da formação da maldita carapaça; são poucos os que presenciam as épocas de ecdise. Enquanto isso, as pessoas especiais tem que ficar adivinhando o quanto são importantes. Como se não bastasse a dificuldade em quantificar, muitas delas nem ao menos sabem que o são.
É estranho, mas publico isso aqui pela quase certeza de que, dessa forma, não chegará ao destinatário em questão, anyway...

Te amo!

segunda-feira, 21 de junho de 2004

Cheguei a suspeitar que o telefone estivesse mudo ou que não estivesse funcionando: feliz equívico.
Surpreendentemente sem telefonemas, sem visitas: um dia sem o menor contato humano. Dizem que errar é humano, um dia sem o menor contato com o erro, portanto.
E viva os sofismos! \o/

E o domingo passou... em branco, sem mais acontecimentos ambíguos. Submergi no universo de Kafka, o suficiente pra ocupar minha mente. Li e reli com uma paciência nunca antes noticiada, para tanto.

Dias estranhos...

Boa semana!
Obrigada por respeitar meu tempo.

domingo, 20 de junho de 2004

Enquanto isso, numa das tantas comunidades [caracterize você mesmo] do orkut...

Qual a pior música do Legião? 6/11/2004 8:28 AM
[...]
Meninos e Meninas 6/17/2004 6:18 AM
Além de uma boa dose de veadagem, esta música também revela pedofilia do autor... Concordam?

o_O

Ando preocupada com esse povo paranóico, que tem muito tempo ocioso... Aliàs, estou começando a acreditar quando dizem que eu me preocupo demais...

quinta-feira, 17 de junho de 2004

divagando... (parte 2)

A gentileza
É um bicho nobre em extinção
Nem cafezinho o velho amigo
Paga não
Puxar cadeira, abrir a porta
Chamar no bar você de
Gostosa!
Que ousadia!
Bicho nobre em extinção

Abrir o champanhe
Te servir
Beijar sua mão
Cobrir de pétalas de rosas
Vosso chão
Trocar pneu, dar presentinho
Chamar no bar
Pra trocar carinho
A gentileza
É um bicho nobre em extinção

Já ouve um tempo
Que era pura tradição
Sou descendente da costela de Adão
Não é apologia à fragilidade
Não estou negando capacidade
Que ousadia!
Bicho nobre em extinção


(tatiana cobbett)

regalo minha admiração às raras excessões, é claro.

quarta-feira, 16 de junho de 2004

16 de junho.. bloomsday, não?

segunda-feira, 14 de junho de 2004

divagando...

no dia do aniversario
A gente às vezes tem vontade
e se esconder dentro de um armario
mas aí vem um com beijo
outro realizando um desejo
e aquele que está sempre atrasado
chega super animado
estourando um champanhe
mesmo que eu estranhe
e não entenda muito bem
por que tantos parabéns
fico feliz com os presentes
aguento melhor os parentes
e não me pergunto na hora
o que há de mintirinha
nessa anual história
quem me dera tanto afeto
duas vezes por semana
pra derreter a couraça
pra amenizar minha gana
congelaria se possivel
muitos pedaços de bolo
pra durante o ano carente
comê-los como consolo


elias dias batista

quarta-feira, 9 de junho de 2004

Ao que tudo indicava, ia rolar lagoa hoje: showzin no drakkar.
Primeiro eu ia, depois num ia mais, depois ia denovo, e decidi, ao final, por ficar em casa.
Ainda vem minha mãe com aquelas 'eu tava tão tranquila pq tu num ias sair hj'.
Acho q vou aproveitar o feriado pra colocar o sono em dia xPp

Mas ainda assim, não me esqueci dos vinis! ;*
Flagrei-me, há pouco, conversando com o espelho.


Sabe, ando meio preocupada com a minha suposta sanidade mental.

segunda-feira, 31 de maio de 2004

lálálá,,

Dia meio inútil o de hoje.

Assisti ao espetáculo Vácuo, na sexta-feira. Aliás, suponho eu que, se fosse omitido o título do espetáculo e somente ao final os espectadores fossem interrogados a respeito de uma sugestão de nome para o tal, o resultado seria unânime e condizente. x) Sem mais..

Mas é claro que nem eu nem Pedro íamos deixar nossa noite ficar por isso. Denise de Castro e Claúdia Zininha Barbosa na creperia da lagoa abriram bem o fim de semana. Guardadas as devidas diferenças de gênero e cultura (e até gosto entraria em discussão, mas não é o caso), música boa, mesmo se está cansada da semana que passou, revigora.

Sábado e domingo sucederam segundo a conhecida rotina 'made in São Pedro'. =P

E hoje.. hmm.. dia meio inútil o de hoje..

=PppP

sexta-feira, 28 de maio de 2004

propaganda gratuita,,

1ª mostra de produção teatral GESTO (associação de produtores teatrais da grande florianópolis)
dia 1/6 - a farsa do advogado pathelin - teatro sim... por que não?!!!
às 20h no tac --> já vih, peça bem feita e bem encenada. Recomendo.

dia 2/6 - eva - Persona cia de teatro
às 20hs no tac --> não vi, mas tenho boas referencias.

dia 3/6 - livres e iguais - teatro sim... por que não?!!!
às 20h no tac --> não vi, mas, se for a altura dos outros dois espetáculos da companhia, eu recomendo. Tenho boas referencias.

dia 4/6 - de malas prontas - pé de vento teatro
às 20h no tac --> não tenho referencias.

dia 5/6 - o liquido tátil - grupo teatral (ex)periencia subterranea
às 20h no tac --> não vi. André Silveira, o autor do 'e fosse minha carne', em cena. Portanto, boas referencias.

dia 5/6 - rei frouxo, rei posto - teatro sim... por que não?!!!
às 10h no lgo. catedral --> já vi, muito bem produzida e adaptada, muito boa encenação. Recomendo.

Dia 6/6 - castelo de cartas - Persona cia de teatro
às 20h no cic --> não vi, mas tenho boas referencias

dias 26, 27, 28/5 - vacuo - O'ctus cia de atos

ingressos a 2,50r$ (meia) e 5r$ (inteira)

Eu vou. Tah aí pra quem reclama q eu não convido pra nada. ;Pp

segunda-feira, 24 de maio de 2004

Desabafo

Acho que a paixão pelo motociclismo vai ficar suprimida por alguns tempos... pelo menos até que consigamos dissociar as imagens.
Sempre deixamos claro que preferiamos que ele colocasse uma bola vermelha no nariz e saísse a arrancar sorrisos de pirralhos emburrados, não havia quem tivesse mais talento pra isso, ao invés de arriscar-se pelas ruas.
Ninguém tinha conta de quando ele ficava doente, se ficou triste, se estava feliz. Raramente participava de reuniões em família. Cada um tem uma lembrança diferente, de um momento específico e exclusivo. Uma frase, uma palavra, uma gargalhada, um favor, uma ajuda, um abraço.
Tiraram da gente alguém muito especial. Criou-se um grande vácuo. O olhar distante dos irmãos, que tentavam a todo custo manter a calma. A saudade dos sobrinhos, que perderam um verdadeiro companheiro. Os pais, para a reação destes não há palavras para descrever. Por trás das mãos marcadas pelo tempo que cobriam o rosto, caiam insistentes lágrimas num ruidoso choro. O choro de quem vela por uma parte de si que vai embora. Um choro de dor, uma dor quase física: insuportável. A cada abraço, um desabafo, uma demosntração de inconformação.
Os amigos, até então descrentes da notícia, entraram em verdadeiro desespero ao ver o corpo em situação fúnebre. Descontrolados, gritavam pelo seu nome, imploravam debil e inutilmente pra que ele voltasse. Nas preces em bom volume, colocavam em cheque toda a força de vontade, toda perseverança que outrora demonstrava e que tornara-se a sua marca. Pode-se ter a certeza de que não foi ele quem escolheu tal destino.
Mais uma vítima de um mundo violento, e é isso que mais nos revolta. Revolta: é esse o sentimento que alia-se a dor depois de um tempo.
As crianças que têm sorte. Elas sentem sim, sofrem sim, mas sentem e sofrem somente pela perda e pela saudade.
Não tive coragem de vê-lo naquele estado. A cabeça inclinada pra trás, as flores que o cobriam, o povo em volta orando, uns debruçando-se desesperados sobre o corpo, tudo parecia querer me poupar de registrar aquela como última imagem. No fim, acho que faltou coragem mesmo.
A última imagem, a que ficou e que me vem a mente com a lembrança da perda é a de um cara sorrindo por detrás de um aceno tímido. E é essa que eu vou guardar.
Volto a citar que morte num é um assunto muito tranquilo pra mim. Ainda mais mortes desse tipo.


Sei lá, desabafo.

Mas a [minha] vida segue,,

segunda-feira, 10 de maio de 2004

titulos? nunca me dei bem com eles,,

bLog novo? xP