segunda-feira, 5 de julho de 2004

questão 2

Tudo começa com a noção de ação. Aristóteles adota esse critério para distinguir a tragédia da epopéia e define que é possível imitar: "Seja contando (quer adotando uma outra identidade [...], quer premanecendo a mesma pessoa) seja imitando, imitam todos as pessoas que estão agindo e realizando alguma coisa."
Chama-se portanto drama a uma obra que "imita pessoas que fazem alguma coisa" e epopéia à que imita por meio de uma "narrativa".
Essa diferença não é tão simples quanto parece, uma vez que, se a maior parte dos textos de teatro prevêem nas didascálias, quando necessário, ações executadas pelas personagens presentemente em cena, narrativas se encarregam das ações passadas ou que devem se desenrolar fora do palco. Desde as origens, a noção de ação nem sempre é facilmente identificável, mesmo que se admita de um ponto de vista teórico que o teatro narra por meio da ação.

[...]

Introdução à analise do teatro, de Jean Pierre Ryngaert, página 9, parágrafo 4

Pois é, eu li.

3 comentários:

deh disse...

é, vc leu :)
- e pra agora, o que acontece ateh dia 19?
te adoro!
:***

Nanni Rios disse...

Até onde eu sei, os gregos convencionavam suas representações segundo os postulados de Aristóteles, em relação a tempo, espaço e ação coerente. A lei aristotélica referente ao tempo determinava q toda e qualquer apresentação poderia ter início a partir do nascer do sol, e findar-se no máximo ao anoitecer. Não acontecia coisas do tipo "2 anos atrás.." ou "9 meses depois..". Portanto uma noção de tempo pretérito não era utilizada nos espetáculos.

Nanni Rios disse...

Ahh, sim, tempo verbal. Deve ser cena dum próximo capítulo pra mim, então. =)