segunda-feira, 19 de julho de 2004

[De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama

eu possa lhe dizer do amor que tive:
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure]


Não há maneira mais eficiente de começar a relembrar-me de ti, senão diante da menção do presente soneto.
Mas em especial, ao relê-lo no dia 17 de julho (anteontem), tudo obviamente voltou à tona. Era o dia de homenagear mais um da lista d'Os Especiais. Contudo, dentre tantos, és aquele cujo brilho é mais intenso. Aquele eterno e inesquecível. Aquele que impreterivelmente segue seu caminho deixando pra trás a sua marca nos que tiveram o privilégio de compartilhar momentos.
Carregas contigo pedaços daqueles cujas vidas, em algum momento, se entrelaçaram com a tua. Desfeitos os laços, os espaços continuam vagos, vazios. Promessas e juras que ali habitavam esvairam-se com o passar do tempo. Todavia o carinho e a admiração perpetuaram-se.
Sigo carregando o peso das minhas decisões e escolhas. Foi chama bem alimentada. Não te condeno. Foi infinito enquanto durou.

Felicidades, de coração! Te amo.

2 comentários:

Paŭlo disse...

fazendo festa, e nem teve tempo de nos contar sobre sua nova faculdade né?

parabéns! ^^

Teo disse...

fico feliz por esta experiência de dizermos o quanto amamos alguém, te desejo toda felicidade!