sexta-feira, 30 de julho de 2004

a deh voltou! \o/
"Hoje podemos afirmar que o Galpão já tem uma linguagem própria, onde se misturam Brecht e Stanislavski, as técnicas circenses com o teatro balinês, a música folclórica com os experimentos musicais mais contemporâneos, a dramaturgia clássica com o melodrama, Eugenio Barba com Gabriel Villela, Eduardo Garrido com Shakespeare, marujadas com Molière, teatro épico com drama psicológico, o provinciano com o universal, a tradição com a transgressão. Tudo se mistura nesse caldeirão que os alquimistas do Galpão transformam, com visão crítica e generosidade, em teatro da mais pura cepa, arte maior, celebração da vida."

Paulo José - diretor e ator


Felicidade incontida. Sou capaz de imaginar o brilho nos meus olhos ao ler o depoimento de Paulo José sobre o grupo galpão.
Isso tudo é simplesmente encantador. Não basta?

Não.

Medo.

Ansiedade?
É um bom apelido.

Minha cabeça dói e o sono foge. O tempo não passa.
O café acabou. Por que o café sempre acaba nessas horas?

Ansiedade.
Medo?

Por que meus olhos não brilham quando eu assisto ao Jornal Nacional?
Viu porque eu prefiro blogs a flogs? Blogs não ficam limitando postagens/dia! \o/
Se essa rua, se essa rua fosse minha
eu mandava, eu mandava ladrilhar
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
para o meu, para o meu amor passar.


Da mesma forma que "Escravos de Jó..." e "Ciranda, cirandinha...", não há registros da autoria/idade da cantiga.

Thayse tava inquieta com isso hoje. Quem manda ficar vendo novela! Novelas não são feitas para o público pensante. Anyway, acabou me contagiando.

Alguém pode ajudar a Thayse a dormir melhor?
Dias estranhos. Horas inúteis. Inquieta.
Dias inquietos. Horas estranhas. Inútil.
Dias inúteis. Horas inquietas. Estranha.

Sabe, eu odeio faxina. Sou desorganizada também.

Só essa semana (por livre e espontânea vontade) eu faxinei o apartamento todo duas vezes, arrumei meu armário umas 3 vezes e lavei *todos* os meus calçados, inclusive os de verão. Aprendi a usar a máquina de lavar roupas tbm.

Mamãe até estranha, mas não fala nada a respeito.

Inquieta. Dias inúteis. Horas estranhas.
Estranha. Dias inquietos. Horas inúteis.
Inútil. Dias estranhos. Horas inquietas.
Lua crescente
Você diz que fui além do que esperava, que fui ousada
talvez?! Ah, meu caro, fui é muito recatada, quase enfadonha.
Tivesse soltado as grinaldas, tivesse me elevado do chão e o
teria arrebatado com meus finos braços de um jeito que todo o
teu ser ficasse limitado ao esforço de respirar, sob o risco
de perder o balanço e tombar-se sobre as pedras duras.
Pois você, ao contrário de mim, ainda não possui asas.
Teria-o feito curvar-se para trás, dobrando a espinha e relaxando
a dorsal. Teria aparado seu pequeno crânio, como quem segura
um recém nascido. E assim, desconfortavelmente dócil e apanhado,
teria bafejado no seu rosto o meu hálito morno de predador.
E mordido docemente sua jugular, a fim de provar do que é
feito. Teria oferecido minha linfa em um vaso de prata. Teria
me feito noite. Teria me transformado em brisa. Teria
murmurado o canto dos anjos. Teria levado você comigo
para lugar nenhum, ali mesmo, longe de tudo. E de tão surpreso
adormeceria nas folhas sacas. Enquanto eu, dormiria ancorada
no riso da lua, se lua crescente fosse.


(gabriela torres)

Vagueando por aí a procura da rua q seria minha,, e se assim fosse, a teria mandado ladrilhar com pedrinhas de brilhantes para o meu amor passar..

h0h0

quarta-feira, 28 de julho de 2004

saudades da deh ;~~

segunda-feira, 26 de julho de 2004

Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá...


opa! já tá gravando?


Céu estava lindo neste final de semana: limpo, claro, azul, ornamentado. A lua estava convidativa. Oferecia sua face plana e horizontal para que repousassem os pensamentos, divagações e inquietações de filósofos, amantes ou andarilhos.
Até que resolveram consertar a falta de iluminação nas ruas da Lagoa. Ofuscou um pouco, mas não fez perder o encanto.

Com direito a vodkas (que faz *tudo* fluir melhor) e papos religiosos, políticos, morais e engraçados, sábado foi de fato um dia muito bom.

sexta-feira, 23 de julho de 2004

T

tão-somente - teclado - também - tavez - taça - transa - trivial - tristeza - tpm - talher - Tartufo - telefone - tu - taciturno - TÉDIO
Eu advirto: namorar faz mal à saúde...
... dos seus amigos.

Sim, estou chateada.

segunda-feira, 19 de julho de 2004

Ufsc - Jornalismo - 1ª fase:
-Redacao para Radio
-Redacao para Tv
-Fotojornalismo I
-Com.e R. Socio-econ. e Pol.br. I
-Cinema I
-Tec. de Rep., Entr. e Pesq. Jor.
-Introducao As Artes Graficas

Udesc - Artes Cênicas - 1ª Fase:
-Estética e História da Arte
-Fund. da Expr. e Comunicação Humana
-Feca-Artes
-Metodologia Científica
-Fundamentos da Arte na Educação
-Improvisação Teatral I
-Evolução do Teatro e da Dança I
-Interpretação Teatral I
-Educação Física Curricular I

Prazer, Hermione!
Só na base do vira-tempo! uiAHuhaUIHAuh
[De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama

eu possa lhe dizer do amor que tive:
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure]


Não há maneira mais eficiente de começar a relembrar-me de ti, senão diante da menção do presente soneto.
Mas em especial, ao relê-lo no dia 17 de julho (anteontem), tudo obviamente voltou à tona. Era o dia de homenagear mais um da lista d'Os Especiais. Contudo, dentre tantos, és aquele cujo brilho é mais intenso. Aquele eterno e inesquecível. Aquele que impreterivelmente segue seu caminho deixando pra trás a sua marca nos que tiveram o privilégio de compartilhar momentos.
Carregas contigo pedaços daqueles cujas vidas, em algum momento, se entrelaçaram com a tua. Desfeitos os laços, os espaços continuam vagos, vazios. Promessas e juras que ali habitavam esvairam-se com o passar do tempo. Todavia o carinho e a admiração perpetuaram-se.
Sigo carregando o peso das minhas decisões e escolhas. Foi chama bem alimentada. Não te condeno. Foi infinito enquanto durou.

Felicidades, de coração! Te amo.

sexta-feira, 16 de julho de 2004

no title

Vamos atualizar isso aqui então.

-ei nanni, o q q fez hoje?
-nada
-o_O ! e ontem, então?
-nada
-algum plano pra hoje?
-nops

Vi dogville.. 3 horas de filme. Filme? É filmado, basta?
Cenário típico de simbolismo teatral: cenário único, fundo claro era dia, e fundo escuro, noite. Fundo vermelho era fogo. Portas eram representadas apenas pelo barulho característico, idem com o cachorro.
Há quem tenha identificado influências brechtianas na atuação dos atores. A metodologia de brecht ditava a relação ator-personagem e era praticada durante o treinamento de atores, cabendo a estes o livre arbítrio para explicitá-las ou não ao público durante a representação. Não foi o caso.
Já von Trier não tem como negar que sofrera influências do dramaturgo alemão: a idéia de separar a história em atos e prólogo é tipicamente brechtiana, bem como o enredo que lembra a ópera "jenny e o pirata" de brecht. É, a progenitora da tupiniquim "Geni e o Zepelim", do Chico.

Mas nada disso importa. O que importa é que um filme - estadunidense - criticando o sistema estadunidense é digno de louvor. Melhor que esse só 'Tiros em Columbine', do M. Moore. Recomendo os dois.

Cinema está para naturalidade/realidade, bem como teatro para ficção. Me atrai a simplicidade do teatro. Fugir da realidade é tão mais simples, não?

Não! Puro sofismo.

segunda-feira, 12 de julho de 2004

"cats don't care" x)

Ode ao gato

Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa
de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogara as moedas da noite
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.


Pablo Neruda 12/07/1904 - 2004

éca!

Se eu disser que a PIOR parte da gripe é ter que tomar suco quente de limão com mel, eu estaria exagerando. Mesmo porque tem a parte de não conseguir dormir, das dores no corpo, do nariz congestionado, da voz fanha, da indisposição, etc.
Desde quarta: amigos, passeios, conversas, amigos, teatro, vinhos, paçocas, amigos, chocolates quentes, amigos, forró, amigos, capuccinos, doces, música, violão, passeios, *frio*, boas risadas, amigos, filmes engraçados, abraços... dias inquantificavelmente (se é q essa palavra existe) agradáveis! Alguns entremeios foram ocultos e ficam prum próximo post, quando forem resolvidos.

sexta-feira, 9 de julho de 2004

Adoro São João!
Tem vinhos e paçocas! ;~~
;*

segunda-feira, 5 de julho de 2004

questão 2

Tudo começa com a noção de ação. Aristóteles adota esse critério para distinguir a tragédia da epopéia e define que é possível imitar: "Seja contando (quer adotando uma outra identidade [...], quer premanecendo a mesma pessoa) seja imitando, imitam todos as pessoas que estão agindo e realizando alguma coisa."
Chama-se portanto drama a uma obra que "imita pessoas que fazem alguma coisa" e epopéia à que imita por meio de uma "narrativa".
Essa diferença não é tão simples quanto parece, uma vez que, se a maior parte dos textos de teatro prevêem nas didascálias, quando necessário, ações executadas pelas personagens presentemente em cena, narrativas se encarregam das ações passadas ou que devem se desenrolar fora do palco. Desde as origens, a noção de ação nem sempre é facilmente identificável, mesmo que se admita de um ponto de vista teórico que o teatro narra por meio da ação.

[...]

Introdução à analise do teatro, de Jean Pierre Ryngaert, página 9, parágrafo 4

Pois é, eu li.

sábado, 3 de julho de 2004

Dia ruim. É sábado. Devia ser um dia legal.
Tem alguém tomando um porre em algum lugar da cidade. Acabou o vinho aqui. Vodka, nem o cheiro eu suporto, mais.
Amanhã tem prova, então ninguém quis me levar pra beber.

Acabou o café. Não vou fazer mais. Aliás fazia tempo que eu não fazia café em casa.

Tem um Hersheys aqui, inteiro. Estranho.

[...]

Tô cansada de ficar brincando de fazer-algo-da-vida. Brincar de cursinho é chato.
Udesc não faz greve, né? \o/ ham.. tomara que eu possa comemorar isso de verdade.

Choveu hoje. Tinha um povo correndo, tentando se esconder da chuva. Choveu tarde demais, eu já não precisava mais me esconder. Mamãe deve ter se molhado no caminho.

Telefone tá tocando direto. Só de enganos eu contei 4! Fora os conhecidos indesejáveis.

Esse apartamento faz (muitos) barulhos. Imagine então quando existirem móveis por aqui.
Estão soltando fogos lá fora. Podem ser trovões também, não sei.
Acho que os vizinhos do 402 estão se divertindo, bem no local equivalente ao meu quarto. Antigamente era eu que me divertia no sábado a noite.

Eu tenho que tentar dormir. Vou - mais uma vez - (tentar) terminar 'O processo'... talvez o sono chegue.

sexta-feira, 2 de julho de 2004

No primeiro dia eu xinguei desde a mãe até as tataravós dos manifestantes. Eu tava com dor de cabeça e padecendo de saudade da minha cama. Chego - ou tento chegar - no terminal, mas tinha um bando de baderneiros ppx no meio da rua, atrapalhando o trânsito.
Parecia óbvio que não ia dar em nada. Mas, contrariando as espectativas da maioria, eles conseguiram mobilizar o povo da oab, prefeitura, policia, imprensa: foi marcada uma reunião pra discutir a viabilidade de um reajuste das tarifas.
E eu em casa, acompanhando tudo pelos jornais. Típica cidadã submissa.