domingo, 5 de setembro de 2004

divagando...

Gostaria de ser "O menino do Dedo Verde" * para transformar esses canhões em vasos de jardim, e os que brigam em jardineiros, e o Paquistão se chamando PaquisLores, tudo com muito cheiro de relva e flores no ar, com crianças brincando e cantando gostosas cantigas de roda.

Marcela Serpa Boni, 11 anos
Catanduva - SP


Acho que só eu que não li esse livro quando era criança. A peça, adaptada, produzida, dirigida e contada por alunos de Cênicas da udesc, no sábado, é altamente recomendada.

A obra, escrita em 1927, por Maurice Druon, mostra-se universal e eterna. O ator - que responde por Daniel nos corredores da udesc - exibe graça e desenvoltura ao interpretar sozinho todos os personagens da história, inclusive alguns simultaneamente.
Diferente do teatro infantil "by VD Produções" com que estamos acostumados, esta obra trata a criança como um ser pensante, porém feliz por viver no seu mundo. Alguém que está antenado no que acontece, que possui particularidades, que pensa soluções para corrigir os erros dos adultos, que é oprimido pelo sistema imposto já nos tempos de colégio.

Tistu, o menino do dedo verde, tinha o poder de fazer brotar flores em todos os lugares que tocava. Quando soube que no mundo existiam guerras por motivos tolos, resolveu transformar a fábrica de canhões do Sr Papai numa 'fábrica' de flores. Os canhões anteriormente fabricados passaram a atirar flores. As guerras deixaram de existir no mundo de Tistu.

Neste mundo atormentado pela guerra, onde tanta gente vê seus horizontes desaperecerem por detrás da fumaça, é necessário que alguém conserve uma pontinha de esperança em se solucionar tudo isso e voltar a viver bem. As crianças o fazem espontaneamente; aos adultos, resta o duplipensar: ainda que obviamente utópica, acredite na solução.

Um comentário:

Paŭlo disse...

esperanto estas tiu, kiu esperas.

bah... nem botei muita fé no teatro infantil, achei que fosse ser algo bobo (como de costume), que obrigam as criancas a assistir.

mesmo se quizesse, o sono acabou com a minha existência sábado a tarde.